O comércio exterior em 2025 será moldado por uma combinação de fatores econômicos, geopolíticos, tecnológicos e ambientais. Além disso, as projeções da OMC para o crescimento econômico global, as tensões geopolíticas e a continuidade da guerra comercial entre Estados Unidos e China são alguns dos elementos que influenciarão diretamente o mercado.
Portanto, neste texto, exploraremos as principais tendências que podem impactar as operações internacionais e como sua empresa pode se preparar para enfrentá-las. Confira!
Projeção do crescimento econômico global
A Organização Mundial do Comércio (OMC) projetou um crescimento econômico global moderado para 2025, em torno de 3%. No entanto, a taxa de crescimento ainda pode ser impactada por fatores como inflação e as incertezas em relação aos conflitos no Oriente Médio.
Para a sua empresa, isso significa:
- Foco na diversificação de mercados: explorar novas regiões para reduzir a dependência de mercados saturados ou vulneráveis.
- Investimentos em inovação e competitividade: empresas com produtos e processos mais eficientes terão vantagem em um cenário econômico desafiador.
Impacto dos conflitos geopolíticos no comércio internacional
Os conflitos geopolíticos, como a do Oriente Médio, principalmente entre Israel e o Hamas, poderão continuar a causar instabilidade no comércio global, caso os conflitos persistam em 2025. Essas disputas afetam a segurança de rotas marítimas, o fornecimento de matérias-primas e o custo de transporte e seguro.
Para tanto, sua empresa deve:
- Monitorar os riscos geopolíticos: utilizar ferramentas de análise de riscos para mapear impactos potenciais em suas operações.
- Buscar fornecedores alternativos: minimizar a exposição a áreas de conflito por meio da diversificação da base de fornecedores.
Guerra comercial entre Estados Unidos e China
A rivalidade entre as duas maiores economias do mundo continuará a impactar o comércio internacional em 2025. Tarifas adicionais, restrições e sanções econômicas podem permanecer como pontos de tensão.
A guerra comercial também cria incertezas para as empresas que dependem dessas nações para importar suprimentos ou atender os mercados consumidores.
Entretanto, sua empresa pode fazer uso de algumas estratégias, como:
- Pensar em procurar parceiros comerciais além do eixo EUA-China, como Europa, países do Sudeste Asiático e América Latina;
- Explorar regimes aduaneiros especiais, acordos de preferência tarifária e tratados de livre comércio para reduzir custos;
- Garantir que seus produtos estejam sempre em conformidade com as regulamentações vigentes afim de evitar custos adicionais ao longo do processo de importação e/ou exportação.
Digitalização e automação no comércio exterior
A transformação digital continua sendo um dos principais motores de mudança no comércio exterior.
Em 2025, espera-se um aumento no uso de tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Blockchain e automação para otimizar processos e aumentar a transparência das operações.
Sustentabilidade como prioridade
As preocupações ambientais estão moldando novas regulamentações e preferências de mercado. O cumprimento de metas de descarbonização e a adoção de práticas sustentáveis no transporte e produção serão requisitos básicos para empresas que desejam permanecer competitivas no mercado.
Diante desse cenário, alguns passos importantes podem ser dados pela sua empresa, como:
- Adotar práticas de ESG (ambiental, social e governança) para assegurar que suas operações estejam alinhadas às regulamentações ambientais globais;
- Participar de programas de neutralização de emissões para atender às exigências/expectativas de consumidores e parceiros comerciais.
Oportunidades e desafios para o Brasil em 2025
O ano de 2025 apresenta um cenário desafiador e, ao mesmo tempo, promissor para o comércio exterior brasileiro. As mudanças no ambiente econômico global, aliada a fatores internos como a implementação da reforma tributária e a concretização de novos acordos comerciais, oferecem oportunidades de expansão, mas também exigem uma adaptação estratégica por parte das empresas.
Como oportunidades no comércio exterior brasileiro, temos:
Reforma tributária
A reforma tributária, prevista para ter um período de transição a partir de 2026, tem como objetivo simplificar o complexo sistema de impostos no Brasil. Além disso, a substituição de tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS pelo IVA dual (CBS para a União e IBS para estados e municípios) trará maior transparência e previsibilidade para os custos de produção e importação.
Dessa forma, com a padronização de alíquotas, espera-se um impacto positivo na competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Exportadores poderão se beneficiar da desoneração total dos impostos sobre produtos destinados ao exterior, enquanto importadores terão maior clareza sobre o custo efetivo das mercadorias.
Novos acordos comerciais
A adesão do Brasil ao Acordo de Facilitação de Comércio da OMC e o avanço nas negociações de tratados com a União Europeia podem abrir novas perspectivas para o Brasil. A redução de barreiras tarifárias e não-tarifárias criará acesso a mercados de alto consumo, promovendo a diversificação da pauta exportadora brasileira.
Por exemplo, o acordo Mercosul-União Europeia, uma vez ratificado, reduzirá tarifas sobre produtos agrícolas e industriais brasileiros, beneficiando setores como agronegócio, mineração e manufatura.
Além disso, acordos com países da Ásia, como China e Índia, podem expandir o fluxo comercial de commodities e produtos agrícolas.
Transição para uma economia sustentável
A crescente demanda por produtos sustentáveis no mercado global representa uma oportunidade para o Brasil.
A vasta biodiversidade, o potencial para produção de energias renováveis, como solar, eólica e biomassa, além de um grande setor agrícola, colocam o país como um protagonista em mercados que buscam reduzir a pegada de carbono.
No entanto, a competitividade do Brasil nessa transição depende de desafios internos. Avanços na infraestrutura logística, investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a promoção de políticas públicas eficazes serão determinantes para garantir que o Brasil atenda aos padrões globais de sustentabilidade.
Em relação aos desafios, os principais a serem enfrentados são:
Adaptação à reforma tributária
Embora a reforma tributária prometa simplificar o sistema, sua implementação exige uma adaptação das empresas brasileiras, incluindo a sua empresa. A transição para o novo modelo de tributação pode gerar incertezas.
Complexidade logística e custos de transporte
Apesar dos avanços em infraestrutura nos últimos anos, o Brasil ainda enfrenta desafios logísticos que impactam diretamente o comércio exterior. Altos custos de transporte interno, dependência do modal rodoviário e gargalos em portos estratégicos continuam sendo obstáculos.
Em 2025, a pressão para modernizar e ampliar os corredores logísticos pode se intensificar, especialmente diante do aumento esperado no fluxo comercial decorrente de novos acordos internacionais.
Competitividade em mercados globais
A concorrência internacional é outro desafio importante. A entrada do Brasil em mercados mais competitivos, como a União Europeia, exigirá altos padrões de qualidade, sustentabilidade e conformidade regulatória.
As empresas precisarão investir em inovação e processos produtivos mais eficientes para enfrentar concorrentes globais.
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